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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PAQUITO

Porta do Sol
PAQUITO

Avenida São Francisco, 218
Centro, Santos, SP
Fone: (13) 3233-3406

Muitos já viveram e outros tantos já ouviram histórias sobre aquele “lugarzinho” pelo qual não se dá nada e provavelmente não se vai sem que alguém indique ou leve, mas onde a comida é deliciosa.


Ta aí, esse é o Paquito. O apelido típico espanhol para Francisco, é claro, o nome do dono. Um homem de verdadeiras façanhas. O Paquito faz as compras, administra, crias receitas, supervisiona a cozinha, define o cardápio dia a dia, serve, atende, cobra, etc... etc...


Certamente um dos raros lugares da cidade onde se come muito bem, pratos de frutos do mar.


Porta do Sol, nem placa na porta
O Paquito (nome oficial, Porta do Sol), nem placa na porta tem. As mesas ficam nos fundos do bar, com montagem típica dos anos sessenta. Fórmica, vidros canelados, porta de mola atrás do balcão do bar. Pitorescas fotos nas paredes, de mulheres gordas (enormes), desbotadas de tão antigas, dentre outras. Muitas homenagens ao Santos Futebol Clube e um enorme autografo dedicatória do Pelé para o Paquito.

As paredes, o couvert, o cardápio, diferente à cada dia (fotos by Meca Santista)
Mas, a comida... hhhhaaa, a comida.


Meca tailandesa
Polvo a provençal
Com pratos tradicionais da cozinha espanhola, como a Paella, e também polvos, camarões, e tantos outros criados pelo dono.


Bacalhau
Tão famoso na cidade, que diversas das fotos aqui foram retiradas de blogs e páginas que comentam sobre o Paquito. Sem contar que este é o primeiro post com vídeos, TB retirados de outros sites.

Quer chegar, sentar e comer, não chegue depois das 12:00, 12:15. Daí em diante, de segunda a sábado, difícil ficar menos de 20 minutos em fila de espera e alguns chegam a esperar por mais de duas horas, de tanto que vale a pena.


Camarão à quatro queijos borbulhando (by Blog Blogasso do Marcão)


A freqüência é de todo tipo de cliente. Não é nada raro, se encontrar, ou melhor, diariamente estão lá, vários dos expoentes da cidade, políticos, juristas, homens de importação/exportação, alguns estrangeiros trazidos especialmente para conhecer o que é boa comida.

Que não se espere sofisticação, muito pelo contrário. Muitas vezes a simplicidade está também nos pratos, mas até nesta, o Paquito consegue ser especial nos remetendo à comidinha caseira.

Camarão à bahiana
Pescada tailandesa










Banana em calda de maracujá
Muito legal também, é que no preço dos pratos, que servem com fartura de duas a três pessoas, estão incluídas como cortesia e simpatia do Paquito, a sangria de entrada, os patês com torradas de couvert e a deliciosa banana em calda de maracujá de sobremesa.



Enfim, o Paquito, “bomba”!!!

Quem ainda não conhece, que não perca tempo!
Calma, não vai acabar não.
Vai mudar, provavelmente em fevereiro, para poucos metros na mesma calçada. 

Porém, certamente de cara, ambiente e decoração novas.
No entanto duvido que a simplicidade, a simpatia e qualidade da comida, mudem.
Vale a pena conhecer o Paquito tradicional, mas com certeza, valerá a pena conhecer o “novo”.

Não deixem de ir!




terça-feira, 19 de outubro de 2010

Parrilla San Pablo

Rua Tolentino Filgueiras, nº 55
Gonzaga, Santos, SP
Fone (13) 3288-1982

Carne.
A gastronomia santista sempre foi muito fraca quando se trata de carne.
Pra falar a verdade, não só com carne, né.

A única churrascaria rodízio que resiste há anos, “O Tertulia”, já deixou para a história, várias que tentaram entrar no mercado. Churrascaria a la carte do tipo familiar, já surgiram algumas, e só resiste, também há anos, “O Costelão”. Existem alguns “fumacinhas”, e surgiram e já estão sumindo, os “espetinhos”, típicos da zona norte paulistana e de Guarulhos. Não dá para esquecer do mais antigo de todos, “O Chopp do Gonzaga”, sobre o qual já fiz um post especial. Na nova onda de gastronomia de classe, surgiu primeiro o “Puerto de Palos”, sobre o qual, dia desses faço um post.


A novidade, aberta em abril deste ano, é a Parrila San Pablo, casa de três sócios, um paulistano empresário do ramo, e dois santistas.
A casa é muito bonita, instalada num imóvel lindo e com a decoração bem feita.



O serviço é médio. Pra um lugar que se propõe a ser classe A, os garçons podiam ser um pouco melhor treinados e dar um pouco mais de atenção aos clientes.

O cardápio é bem trabalhado e está bem dimensionado para a proposta da casa. A matéria prima, sem dúvida, é de primeira.

O couvert é uma delícia.

Algumas entradas são ótimas, como as empanadas. O típico e famoso “tomate com alcaparrones”, peca por ser meio insosso, principalmente pela falta de um bom chimichurri, que comento mais abaixo. Tem uma fraldinha cozida que faz a gente salivar contando que seja excelente, porém quando chega, decepciona pela falta de expressão e mais uma vez pelo chimichurri.
  
Os acompanhamentos são muito bons, em especial o arroz Biro-Biro e o purê de mandioquinha.

No entanto, o que devia ser o ponto alto, A CARNE, deixa um pouco a desejar.
Não na forma de preparo, textura, nem com relação ao ponto, que das vezes que estive lá, sempre veio do jeito que cada um pediu. Aliás bem legal é a identificação do ponto do corte que vem na “plaquinha”, com a carne.

 Porém, o sabor é que deixa a gente com a sensação de que “ta faltando algo”.
Afora a falta  de um pouco de sal (normal e padrão em restaurante, afinal, neste ponto melhor pecar pela falta do que pelo excesso), a carne não tem aquele SABOR que se espera de um bom churrasco.
Sei lá porque.
Dia desses, um amigo fez esse mesmo comentário e ainda chegou a dizer que carne de “fumacinha”, tem mais sabor do que a de lá.
Eu já provei uns cinco cortes diferentes e realmente, nenhum deles foi aquela sensação de hhhhuuummmm que delícia...
O mais fraco foi o cordeiro. Uma carne que é forte por natureza, de sabor bem característico, tava quase que insossa.

Como disse, é decepcionante o “chimichurri”. Molho típico argentino, combinação de ervas e temperos, que primeiro devem ser secos e desidratados para depois, ser reidratado com vinagre e azeite. Lá, a receita própria, feita com excesso de orégano e as ervas frescas, quebra a característica que o molho deve ter.
Para quem gosta, está esperando sentir aquele determinado sabor e vem outra coisa bem diferente. Enfim, é até um tempero legal, mas não é chimichurri.

As sobremesas são muito boas.

A casa tem uma carta de vinhos bem razoável. Aliás, para a realidade da cultura do vinho na cidade, dá para se dizer que boa. Porém, os preços são salgados. Isso faz com que as pessoas, em função do preço, acabem sempre pedindo as mesmas coisas e esta é bem uma das principais razões porque a cultura do vinho cresce tão devagar em Santos.
Talvez para compensar seus preços salgados, a casa não cobra rolha. Acho isso muito legal da parte deles. Porém, faço a expressa ressalva que isso não sirva de pretexto para alguns abusados levarem numa casa de bom padrão, vinhos de terceira linha só porque a casa não cobra rolha. Isso é inaceitável.


No geral, a casa é boa e vale a pena conhecer.
Ainda voltarei, contando que as deficiências tenham sido superadas e em razão do ambiente que é muito legal e bonito.
Levando-se em conta que um bom restaurante é um conjunto de coisas, como ambiente, serviço, comida, preço, etc..., e mesmo o que deveria ser o mais importante, a carne (deixando um pouco a desejar), no conjunto a casa vale a pena.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Confraria dos 12

Jantar harmonizado da Confraria dos 12
A consagração da informalidade
Por José Alberto Clemente Jr. 


Chef Silvio e sous-chef César
Tudo começa com uma inspiração. O confrade Sílvio Pereira – cujos múltiplos talentos tornam difícil distinguir se é um aviador que cozinha por hobby ou um “chef” que faz estágio entre as nuvens – é dominado por uma convicção poderosa. ( - No próximo, vou fazer cassoulet... ou bouillabaisse... ou ambos, mas tem que ser no inverno!)




 A partir de então, haverá um tempo de maturação. Os confrades, em seus diversos ofícios, sempre atarefados, vão nutrindo parcimoniosamente aquela convicção, até que se chega ao consenso. ( - Já estamos há muito tempo sem promover um jantar, para quando vai ser esse cassoulet que já está encantado...).
 
Nesse momento, uma conversa rápida com o confrade Carlos e a data e o lugar estão garantidos. Não é à-toa que nossa dileta Confraria tem suas reuniões na Enoteca Decanter, onde somos recebidos sempre amistosamente, com aquele jeito de nos mostrar, sem precisar de palavras, que somos “da casa”.
Sem a necessidade de reuniões ou discussões, as engrenagens começam a se mover, e parece que todos sabem intuitivamente o que fazer. Sílvio cuida das panelas, o que quer dizer que fica encarregado de elaborar o cardápio e preparar todas as delícias da noite, desde a entrada até a sobremesa (não nos esqueçamos do confrade Celso, neste particular). Ajudam-no, na logística, nosso inestimável Salu, e na execução, quem a isso se dispuser, os mais frequentes sendo o sempre solícito e desembaraçado César e nossa somellière Cláudia, que também encabeça a escolha dos vinhos.

Rubens, Adriana, Carolina, Antonio, Ricardo, Ranieri, Thiago, Cláudia, Mara, Silvia, Ivo e Eduardo
No jantar de 27 de setembro último, esse script foi seguido à risca. Aliás, a comparação não é perfeita. Assemelha-se mais a uma jazz band que, de tanto entendimento mútuo, sente-se livre para improvisar sem receio de desafinar – e que, por isso, os músicos iniciantes ficam à vontade para também contribuir com seus acordes. E, assim, naquela noite, tivemos o prazer de contar, pela primeira vez em um evento como esse, com os acordes de alguns confrades novos, como Ranieri, Rodrigo e Rubens, além do Thiago, sommelier, e do Ricardo, chef titular da Enoteca Decanter, que se amalgamaram à perfeição na Confraria.

Depois da recepção, com espumante nacional Rondinée e Prosecco Bedin e gentilmente servida pelo amável Fabrício, foi servida Salada Niçoise de entrada, que, como esclarecia o cardápio elaborado pelo chef Sílvio, consistia em mix de folhas e vegetais, acompanhada de atum fresco grelhado, em uma “releitura daquela servida no Hotel Le Grimaldi, em Nice, Cote d’Azur”.  A harmonização proposta foi um vinho branco da Toscana, Cesani Vernaccia de San Gimignano 2008, cujo frescor e leveza adaptaram-se perfeitamente à entrada.

Bouillabaisse

O primeiro prato foi a Bouillabaisse, mais uma receita típica do Sul da França, que é um guisado preparado à base de peixes brancos sortidos, filetes de peixe, frutos do mar diversos,  vegetais e ervas aromáticas. Na esplêndida interpretação do chef, vinha escoltada por uma torrada com um molho especial incorporado pelo César, combinação que tinha tudo para ser o ponto alto da noite. O vinho escolhido para emoldurar essa criação foi o Chablis Alain Geoffroy Vielle Vignes 2008, um casamento (maridage) perfeito, proposto pela enoamiga Cláudia.

 
nosso cassoulet "perfeito"
A pièce de résistance dessa noite francesa foi o Cassoulet, na sua versão tradicional, com carnes suínas, pato e feijões brancos. A harmonização foi proposta pelo Carlos, uma surpresa do catálogo da Decanter: um Ribeira del Duero vivo e potente, que domou a gordura do maigret (Confit de canard) e ressaltou as maiores qualidades da culinária meridional francesa. Era o Arzuaga Crianza 2006, uma assemblage da vigorosa Tempranillo com as elegantes Cabernet Sauvignon e Merlot, em uma harmonização que perdia – por muito pouco – para a ambrosia e o néctar dos olímpicos.

Sacher Torte e Tarte au Poir Chaude
Por fim, as sobremesas – sim, no plural! Na mesma apresentação, estavam a Sacher Torte (“livre interpretação daquela servida no Lê Grand Hotel Casino Monte-Carlo”, como minuciosamente informava o cardápio)e a Tarte au Poir Chaude, torta de peras sobre massa folhada, típica da região da Cote d’Azur, que ficou não menos que deliciosa com o vinho de sobremesa escolhido na hora mesmo, o Caprili Moscadello di Montalcino 2008, com delicadas notas florais e ligeiramente cítrico, par perfeito para a Tarte.



Todos os pratos preparados pelo chef Sílvio e seu sous-chef  César (com o auxílio de dois membros do staff da Decanter, Felipe e Robson, e servido com toda a cortesia pelos confrades Eduardo e Marcelo (além deste escriba, se esforçando para não sujar a roupa de ninguém!);com destaque para o auxílio sempre presente dos confrades Antonio e Ivo e das consórores (coitadas, ninguém merece ser chamada assim) Adriana, Carolina, Mara e Sílvia. E sem que tenha havido um percalço, um tropeço que fosse: a excelência da improvisação teria impressionado o próprio Miles Davies.

Na verdade, o segredo da Confraria não é o improviso apenas aparente (porque toda a parte gastronômica é milimetricamente organizada e planejada pelo chef Sílvio), mas a descontração. Como será possível que, em um ambiente tão descontraído, sem que haja uma autoridade ou alguém no comando, tudo funcione tão a contento? É essa precisão fluida, essa espontaneidade, que faz desses eventos ocasiões mágicas.
Há quem diga que a culinária foi uma das primeiras manifestações culturais dos humanos primitivos. Assim que dominou o fogo, a primeira fronteira tecnológica conquistada, o homem das cavernas já o utilizou para sua segurança e para o preparo do alimento. Por esse motivo, a imagem das pessoas em torno do alimento, ou do fogo sagrado, tem um simbolismo que remonta ao alvorecer da espécie. O ser humano, esse indivíduo eminentemente social, reencontra-se com seus antepassados nessas ocasiões, e uma centelha mágica surge, para recordar a todos como é gratificante fazer parte de um grupo – unido, coeso, de pessoas que se admiram e se estimam.

Assim são os jantares da Confraria dos 12, e esse não poderia ter sido diferente.





Confraria dos 12 
 Postagem original em www.enoamigos.com

NOTA DO BLOG: Tive o prazer de ser recebido por este grupo muito especial como confrade, e neste dia, não poderia haver palavra melhor para definir o momento do que PRIVILÉGIO, na acepção de "oportunidade ou concessão especial para realizar algo muito desejado ou valorizado; sorte, felicidade (houaiss)"  Ranieri.


sábado, 2 de outubro de 2010

Okumura Temakeria


Rua da Paz, nº 17 Santos, SP,
CEP 11045-520
 Fone - (13) 3877-9194


Algo muito interessante que descobri com este blog é o quanto a cozinha japonesa está em alta. Até começar a criar este post o blog tinha  2376 visitas e só o post Comida Japonesa tinha 328 visualizações e era o mais visto (considerando que estas visualizações são aquelas em que só a página do post é aberta, afora a visualização dele na página de entrada).

Bem verdade que o Comida Japonesa é um post bem legal, onde de uma vez comento vinte restaurantes japoneses da região.

Dentre eles, com um comentário elaborado em 28-06-2010 eu dizia o seguinte sobre o Okumura:

"Apesar de especializado em temakis, serve sushi, sashimi e pratos quentes, a la carte. Lugar pequeno e apertado, com decoração meio “quebra galho”. Point de badalação. Boa comida, serviço deixa um pouca a desejar."

Como quando escrevi isto fazia tempo que não ia na casa, acabei falando pouco sobre a comida. Faz mesmo muita diferença escrever logo após ir em algum lugar.

Estive há pouco no Okumura, sozinho, numa quarta feira à noite, depois de um compromisso de trabalho ali perto. Fui lá PQ estava com fome e já há tempos queria voltar na casa.

Sem dúvida, continua pequeno, cheio e apertado, com serviço médio e lugar de badalação, mas não dá para deixar de dizer que a comida estava EXCELENTE! 

Encontrei com três colegas advogados famosos e dois juízes. Além disso TB estavam por lá mais uns 3 ou 4 que costumam frequentar as colunas sociais eletrônicas da cidade. Ou seja, o lugar é mesmo de badalação.

Até mesmo para avaliar, pedi algumas coisas bem básicas e padrão. Acho que talvez o blog esteja começando a influenciar meu apetite... hehehe. Em todos os lugares que vou fico "analisando" tudo, para depois comentar.
Primeiro um temaki de atum, depois fiquei curioso sobre algo que um conhecido comia no balcão na minha frente e pedi um Ceviche Mix, mais um típico temaki de salmão com maionese e cebolinha e para terminar um de salmão puro.

Os peixes, perfeitos! Frescos e servidos bem frios, como deve ser. Bem verdade que os pedaços talvez um pouco grandes e o temaki precisava ter a alga mais crocante e ser melhor fechado, pois vai se desmanchando e dá trabalho para comer até o final sem ficarem caindo pedaços. Porém, sem dúvida, estavam DELICIOSOS.

Mas, destaco o CEVICHE MIX. 
Peixe branco, polvo, lula e camarão, em limão e temperos.
Muito bom mesmo. Não vejo a hora de levar minha querida, amada e idolatrada esposa para experimentar, e claro, comer de novo!
 

Outra coisa bem legal foi conhecer o Nigori, que, como diz a Wikipédia "é normalmente o mais doce dos saquês, com um cheiro frutado e um sabor suave, que o tornam uma bebida adequada para acompanhar pratos condimentados ou para ser consumida como digestivo". É um tipo de saque não filtrado, de sabor marcante e que dá para se dizer que quase que tem "corpo" (como alguns vinhos). De cor leitosa, algo diferente dos saques normais. 

Enfim, comer no Okumura é uma delicia e vale a pena.

Recomendo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vista ao Mar

Av. Bartolomeu de Gusmão,
Boqueirao, Santos - SP
Fone: (13) 3271-9494


Antigo e tradicional. Aberto em 1972.
Antigo em um conceito absolutamente ultrapassado de cozinha.
Pior que ultrapassado no conceito, servindo muito mal, mesmo dentro deste conceito.
O Vista ao Mar ainda acredita que volume é sinonimo de boa comida.
O prato mais famoso da casa, a Paella, que se bem feita é um dos grandes símbolos da gastronomia mundial, é muito mal preparado.
A Paella, aos olhos, chega mesmo a ser impressionante.
Uma cascata de camarões deixa qualquer um impressionado.
Porém, para por aí.
Muito provavelmente os frutos do mar, principalmente os usados no arroz, devem ser congelados. Veem duros e com gosto de coisa velha. Acredito que açafrão passe muito longe dali. O amarelo do arroz, se muito é de curcuma (o chamado açafrão brasileiro). O tempero em si deixa bastante a desejar. Os camarões são cozidos no ponto errado e é muito difícil soltar as casacas da carne. A situação é tão patente que os garçons trazem até a lavanda para a mesa, porque só dá para descascar os camarões com a mão. Quem tenta fazê-lo com garfo e faca, acaba pagando aquele mico de deixar algo, "sair voando" do prato. As lagostas, bem pequenas, certamente são congeladas e vem duras e secas, quase sem sabor.
Vixe... tô pegando pesado. Porém, é o que se constata. Há muito não ia lá.
Estive um dia desses para um almoço à trabalho, e não esperava que fosse diferente. Apenas constatei que continua exatamente a mesma coisa do que a cinco, oito ou dez anos atrás. As outras vezes que fui na casa, e já era desse mesmo jeito..
Um das pessoas com quem estava, é amigo do dono, e este mandou um prato de polvo apertivo, de cortesia.
Reconheço, este estava excelente. A textura no ponto exato, temperado no ponto certo. Muito bom.
Além da Paella e do polvo, comemos também, Camarão à Grega.
Também deixou demais a desejar.
Os camarões, muitos, estavam insosos. O arroz a grega, também sem graça, parecia uma gororoba de tão cozido além do ponto. Ao contrário da maioria dos lugares, os camarões e o queijo a milanesa vieram separados. Os pedaços de queijo, não deu para comer. Deixei de lado.
Porém, o pior de tudo mesmo são os preços. R$ 150,00 pelos camarões e R$ 690,00 pela Paella.
Por quantias como estas, é possível comer-se muito bem e muito melhor, nos melhores restaurantes espanhois de São Paulo.
Mas, o que mais me impressiona mesmo, é como um lugar que serve comida tão ruim, cosnegue manter tanta clientela. Triste constatar a incapacidade de paladar de quem se deixa influenciar por volume e "tradição".

Não recomendo.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Correria

Viver em 2.010 significa viver "correndo" e para mim não é diferente.
Porém, nos últimos dias essa "correria" tem sido bem maior do que o normal e as madrugadas, que costumam ser meus momentos para escrever com prazer aqui no blog, tem sido mesmo é para dormir e repor as energias.
Mas, em breve teremos mais posts.
Tenho alguns lugares visitados para comentar.
Por qual começo?

  • Vista ao mar
  • Okomura
  • Parrilla San Pablo
  • Alfredo di Napoli
  • Heinz 
  • Temakeria Santista
  • Onishi
  • Da Sorata
  • Van Gogh
Espero que este final de semana mesmo já consiga comentar uns dois ou três lugares.
Aguardo as sugestões dessa lista para começar por ela.

Abraços a todos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Morre o chef Paulo Martins, grande ícone da cozinha e cultura brasileira.

Paulo Martins
Morre em Belém o chef  Paulo Martins, considerado o embaixador da cozinha da Amazônia
(Da Redação do UOL 09/09/2010 - 21h35)

Morreu na madrugada desta quarta-feira (9), vítima de diabetes, o chef Paulo Martins, do restaurante Lá em Casa, em Belém.

Considerado o embaixador da gastronomia brasileira, Paulo Martins foi um dos primeiros chefs a difundir os ingredientes e a culinária da Amazônia pelo Brasil e pelo mundo.

Desde 1999 ele organizava o festival Ver-O-Peso da Cozinha Paraense, que recebia, além de profissionais ligados à alimentação, grandes nomes da cozinha nacional e internacional.

Em 2008, Paulo Martins recebeu a visita dos chefs espanhóis Ferran Adrià e Juan Mari Arzak -que estavam de passagem pelo Brasil- a quem apresentou os frutos da terra e a culinária paraense.

O chef era o único brasileiro a fazer parte dos Top Green Chefs, lista da entidade Live Earth que indica 15 profissionais que lutam pelo desenvolvimento sustentável, ao lado de nomes como o inglês Jamie Oliver e a americana Alice Waters.

Arquiteto de formação, Martins começou cozinhando no restaurante da família e exerceu as duas funções até o final da década de 70, quando decidiu dedicar-se totalmente à cozinha.

Paulo Martins teve seu quadro de diabetes agravado em 2008, depois de uma cirurgia na coluna. Desde então o restaurante vinha sendo comandado por suas filhas, Joana e Daniela. e a esposa, Tânia Martins.

NOTA DO BLOG - Tive o prazer e honra de receber aula do chef Paulo Martins em 2007. Um homem que mostrava sua paixão pela cozinha, pelo Brasil e o significado de se conhecer e saber o que temos de bom e o que isto representa. Sem dúvida ele deixou sua contribuição para nossa cultura, na cozinha, mas mesas, nas lembranças de seus clientes e muito além.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Armazém 29

Armazém 29
Rua Pindorama, nº 29,
Boqueirão (canal 3), Santos, SP,
CEP 11045-530
Fone (13) 3289-4629

Acho que o Armazém tem bem a cara de Santos.
Melhor, só se fosse à beira mar.

Aliás, já notaram que Santos não tem bares de praia. A nossa configuração da orla, com o belíssimo jardim e a avenida ao lado dele, acabou por eliminar a possibilidade de termos os bares de praia que muitas outras cidades de beira mar tem.  Sei lá se isto é bom ou ruim. Para mim, os quiosques não preenchem esse espaço e as barracas de final de semana... hhhuuummm, TB não. Os quiosques, aliás, se mostraram uma grande furada. Com raríssimas excessões, são "bares de pinguço" e a grande maioria que está fora dos points (CPE e canal 6), tá fechado.

Mas, voltando...
O lema do Armazém "Um bar tão gostoso quanto a praia" tá muito perto da realidade.
Um bar simples, de serviço descontraido e bem legal. Comida muito boa e bem melhor do que se poderia esperar para um bar de praia.

Bastante legal é a variedade de "caipirinhas". Com muita habilidade, seja quem for que esteja na copa, as "caipirinhas" são muito bem preparadas e TB muito bonitas. Combinações como limão com gengibre, de frutas vermelhas, de caju, carambola, etc...
Todas muito boas e cada um acaba tendo as suas prediletas.

Lula a Dorê
Alguns petiscos muito tradicionais, como a lula a dorê,  polvo a vinagrete, isca de peixe, etc... são preparados no ponto e tempero certos. A casquinha de siri, recentemente mudou de receita e ficou MUITO melhor. Tá uma delicia. Tem TB algumas criações da casa, como o filet a Cidão, um filet mignom aperitivo, a milanesa, entre outras.
Cuscuz de camarão

Não dá para esquecer de citar o cuscuz de camarão. Especialidade FAMOSA da casa.

Os pratos, sendo a grande maioria a base de frutos do mar, estão entre os meus preferidos, o "taglietele com frutos do mar" e o "camarão a Levi". Tem um camarão com catupiry a milanesa, TB muito bom.

Camarão a Levi
É quase inacreditável que de uma cozinha tão pequena, a casa consiga preparar um cardápio tão  variado e dar vazão aos pedidos com muita eficiência. Acho que o segredo está mesmo na objetividade e simplicidade nas propostas. Não sei PQ eu ainda não fui bater papo com o pessoal da cozinha. Bem verdade que eles estão sempre tão atarefados que atrapalhar seria bem ruim.

Um toque muito interessante da casa é poder escolher e pedir petiscos e pratos também, do Heinz (que muito em breve terá seu post TB), e do Paulistania. Outras duas casas na mesma rua e da mesma dona.

Nós costumamos ir aos sábados no almoço. Nesse dia a casa é lotada de "adolescentes cinquentões". Santistas típicos que já há mais de trinta anos se conhecem, pessoal amigo, se encontra nas
praias e no Armazém para passar horas só no papo furado, bebendo e comendo.
Ruim né... hehehe.

Bem, sem dúvida o Armazém é um dos bons lugares da cidade e vale muito a pena.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

7ª Avenida

Av. Genaral San Martin, 140,
Ponta da Praia, Santos SP, CEP 11030-250
Fone (13) 3261-4411 / 3261-3869

Santos está repleta de pizzarias.
Aliás, não é só Santos, por óbvio.
A grande maioria é +ou- como mãe...
"Só troca de endereço, mas é tudo a mesma coisa"

A 7ª Avenida, assim como tantas outras poderia ser igual.

Mas não é.
Está num ambiente legal e até bem diferente para um restaurante, que foi montado há anos atrás para a falecida filial da "Casa dos Arcos" (tem ares de escola infantil, bem modernoso, bem legal).

Porém, não é só o local, o ambiente, que a faz ser diferente.

A 7ª Avenida tem, ao menos, três diferenciais.

O cardápio.
Muitas pizzarias tem centenas de opções em seu cardápio, que na verdade são quase sempre só "variações sobre o mesmo tema". Tipo... "arroz, feijão e ovo", ou "feijão, arroz e ovo", ou ainda, "ovo, feijão e arroz", senão a variação máxima "arroz, feijão e bife"... etc...


A casa possui algumas pizzas com cobertura bastante diferentes e criativas.
Combinações e opções de cobertura que não vi em outros lugares.
Claro que também tem todas as pizzas tradicionais. 

A cerveja.
Andei investigando. Tomei informações com alguns verdadeiros conhecedores, e provavelmente a 7ª Avenida tem uma das maiores cartas de cerveja do país.
Da última vez que estive lá (uns 15 dias), eram 209 rótulos diferentes.
Isto é raríssimo.

Em muito poucos lugares se pode ter tanta oportunidade de tomar o que de melhor se produz mundo afora em termos de cerveja.
Só para ter a oportunidade de fugir da absoluta mesmisse que impera em 99% dos restaurantes da cidade, já valeria a pena ir na 7ª avenida.

O dono.
É do Rogério que partem os dois outros principais diferenciais.
Apesar do jeitão contido, timido mesmo, é alguém muito simpático e atencioso.
Muito legal a disposição dele em fazer coisas diferentes e sempre disposto a explicar sobre as cervejas e sugerir ótimas dicas.

Enfim, não podia dar noutra coisa.
Casa cheia sempre, mesmo nos dias mais fracos da semana e final de semana então, nem se fala.

Quem não conhece, deve experimentar.
Quem gosta de coisas novas, diferentes e boas, tem obrigação de conhecer.


quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não é sempre

Não é sempre.

Imagine que você goste de futebol.
Pense em pessoas muito importantes no futebol, com as quais você gostaria de encontrar e estar, assim... meio sem querer.
E quem gosta de música então. Quais seriam aqueles artistas com quem você gostaria de encontrar e simplesmente bater papo em uma mesa de bar.
Tive o grande prazer de viver um momento destes com relação a algo que gosto muito, vinhos.

domingo, 22 de agosto de 2010

Beduino

Beduino
Loja 1
Av. Marechal Floriano Peixto nº 78,
Gonzaga, Santos, SP, CEP 11060-300
Fone (13) 2384-1207
Loja 2
Av. Ana Costa nº 466 (fechado para reforma)
Gonzaga, Santos, SP, CEP 11060-002
Fone (13) 3289-6095
Loja 3
Shopping Miramar – Praça de alimentação,

Av. Floriano Peixoto nº 44,
 Gonzaga, Santos – SP CEP 11060-091
Fone (13) 3284-8916


Muito difícil um santista que não conheça e que não tenha comido no Beduíno.
Bem, pensando melhor, ao menos quem tem mais de trinta anos.
Afinal, a história do Beduíno começa em 1961. Não vou contá-la, mas sugiro que dêem uma olhada no site. Lá tem tudo sobre esses quase 50 anos dando muita coisa boa e muito prazer aos santistas.

Hoje o Beduíno tem a lanchonete de rua na Floriano Peixoto, o restaurante no Shopping Miramar e aqui, neste blog ainda recém nascido, dá-se a notícia que teremos em breve o restaurante de rua do Beduíno, na Av. Ana Costa.

Kafta no espeto - arroz marroquinho


Dia desse um amigo me perguntou se eu só iria “bajular” os lugares sobre os quais comento no blog. Caramba, o blog ainda é muito novo e afinal, nos primeiros posts, claro que vou falar mais e melhor dos lugares que gosto e que, portanto elogio. Mas fico esperando sugestões de lugares para comentar e tenham certeza, que se tiver que criticar negativamente farei.

Voltando ao Beduíno... Difícil falar mal.
Da lanchonete, bem verdade que hoje não se podendo fugir muito da realidade de mercado, está mais simples em termos de ofertas de produtos. Até mesmo porque os pratos mais típicos árabes se firmam bem melhor no restaurante.

Quem me conhece sabe que NÃO GOSTO de comida por quilo e sempre destaco minhas raras exceções.

Sempre, a primeira exceção destacada é o Beduíno.
É o lugar onde se pode CONSTATAR que é realmente possível fazer e servir coisas muito boas, também no buffet por quilo. O Beduíno é a prova disso.
Se os outros não o fazem, ou é por incompetência, ou por imposição da realidade de mercado, quanto ao custo.

No Beduíno, só produtos de primeira linha, muito bem preparados, em receitas especiais e singulares, com sabor distinto, único e especial, para cada preparação (fugindo por completo do paradigma do quilo, tudo com mesmo tempero e gosto).

Babaganuche - tabule - coalhada seca - kibe cru - homus

Delicia os típicos pratos frios árabes, homus, babaganuche, coalhada seca, kibe cru, etc...

Charuto de repolho - kibe assado - abobrinha recheada - arroz com lentilha - charuto de uva

Os típicos quentes, idem, charuto, de repolho e uva, kibe, kafta, arroz marroquino, de lentilhas (esse o mjadra, servido de forma particular e especial para os clientes mais próximos), etc...

Decliciosas saladas e entradas
Mas, sensacionais mesmo são as criações e pratos que só tem lá.

A abobrinha em rolinhos, recheada de ricota temperada e azeitona verde, a batatinha com bacalhau, as quiches de roquefort com pêra e a de shitaque, as diversas e incríveis formas de berinjela, como a maçarico, com nozes, grelhada, etc..., o atum ao poivre (único), a esfiha de zatar, de verdura...
Excelentes também as várias galantines, as saladas, etc...

Nossa, tô salivando!!!
Incrível beringela maçarico



No entanto, o melhor mesmo do Beduíno, o que faz a verdadeira diferença, são as pessoas.
Não fosse a energia, a dedicação, o prazer de fazer o que faz do Elias, que foram passados aos filhos Vivian e Paulo, no sangue, certamente o Beduíno não seria o que é.

O Elias, sempre muito bem humorado, dedicado ao que faz e em especial em receber com alegria e atenção os fregueses, dos quais muitos se tornaram clientes, habituês mesmo. Aliás, o Elias recebe a todos, mais do que só com atenção, recebe é com muito carinho, com prazer de tê-los no Beduíno como se estivesse recebendo amigos em casa.

A Vivian e o Paulo, da mesma forma. Eles são de uma simpatia única.

Adoro ir lá e ficar batendo papo. Claro que na maioria das vezes é sobre comida... hehehe.

Enfim, seja para quem já conhece, seja para os que ainda vão conhecer, mas, na certa, para quem gosta de boa comida, o Beduíno é uma das melhores opções da cidade.

Não deixe de ir.